Entre os estudantes de 1º e 2º graus
◦o álcool é também a droga mais utilizada (80,5% usaram pelo menos uma vez na vida, 18,6% usam freqüentemente).
◦Seguem à distância o fumo (28% pelo menos uma vez na vida, 5,3% freqüentemente),
◦os inalantes (17,3% na vida, 2,1% freqüentemente) e
◦os medicamentos psicotrópicos (tranqüilizantes: 7,2% na vida, 0,8% freqüentemente;
◦anfetaminas: 3,9% na vida, 0,5% freqüentemente),
◦em último plano aparecem as drogas ilícitas, como a maconha (3,4% na vida, 0,5% freqüentemente) e
◦a cocaína (0,7% na vida, 0,1% freqüentemente).
Chamam a atenção para a responsabilidade dos profissionais de saúde frente ao problema e as possibilidades de influir positivamente na prevenção.
Sobre os adolescentes, por que experimentam, quem se encontra em risco, fatores de risco, etapas no uso de substâncias e cronologia da adição.
Fazem uma descrição sobre as diversas substâncias, sua composição, aspectos biológicos, quadro clínico, tolerância, intoxicação e síndrome de abstinência. Fumo, álcool, produtos de cannabis, inalantes, cocaína, estimulantes, alucinógenos, hipnóticos, tranqüilizantes, anti-histamínicos e anti-parkinsonianos, opiáceos e narcóticos, esteróides anabolizantes, contaminantes e substâncias semi-sintéticas.
Classificam o abuso de substâncias em 4 níveis.
Dão as linhas mestras para a avaliação clínica: métodos de abordagem, confidência, diagnóstico de uso e abuso, análises clínicas úteis ao diagnóstico, necessidade de consultoria, encaminhamento, métodos de tratamento. Prevenção: 10 regras para os pais.
Introdução
Todos os estudos, a despeito de peculiaridades locais, evidenciam invariavelmente que o álcool é a droga mais utilizada pelos adolescentes, seguida à distância por tabaco, inalantes e medicamentos psicotrópicos. Em último plano aparecem as drogas ilícitas, como a maconha e a cocaína.(3) (11) (13) (14) (15) (16) Levantamento sobre uso de drogas entre estudantes de 1º e 2º graus em 10 capitais brasileiras (dados do CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Escola Paulista de Medicina)(3) informam que em 1993, entre os estudantes:
◦80,5% usaram álcool, pelo menos uma vez na vida; 18,6% usaram freqüentemente. (seis ou mais vezes nos trinta dias anteriores à pesquisa).
◦28% usaram tabaco, pelo menos uma vez na vida; 5,3% freqüentemente.
◦22,8% usaram drogas psicotrópicas, pelo menos uma vez na vida; 3,1% freqüentemente.
Mas as prevalências variam em cada levantamento, de acordo com peculiaridades locais. Por isso, conclui-se que o planejamento de qualquer tipo de intervenção visando a redução do abuso de substâncias psicoativas em escolas necessita de uma pesquisa específica, sob pena de serem adotadas estratégias inadequadas.
Outro aspecto a ser considerado é que levantamentos em escolares não espelham a realidade da população, requerendo portanto estudos delineados para tal fim.(12)
Considerações gerais
Os pais e demais adultos habitualmente supõem que o abuso seja de heroína, cocaína e outras drogas “fortes”. De fato, tais drogas são danosas, mas o uso é muito raro, entre os adolescentes, comparado ao de outras substâncias, também prejudiciais, como o fumo, o álcool e a maconha. O fumo, a longo prazo, é responsável por maior número de doenças e perda de anos de vida do que todas as demais drogas somadas. O álcool encontra-se implicado em mais da metade das mortes de jovens em acidentes automobilísticos. A maconha interfere na memória e na aprendizagem.
O fumo, o álcool e as drogas ilícitas devem, portanto, ser considerados de risco e, potencialmente, substâncias de abuso.
É muito difícil diferenciar a experimentação do uso freqüente, do abuso e da adição ou farmacodependência, mas é possível fazer algumas generalizações:
◦quanto mais cedo um adolescente inicia o uso de uma substância, maior é a probabilidade do aumento na quantidade e na variedade do uso;
◦os adolescentes são comumente menos capazes de limitar o uso do que os adultos;
◦a experiência hoje é muito diferente do passado: o número de experimentadores é maior, surgem novas substâncias e combinações cuja sintomatologia se confunde. Além disso, as substâncias conhecidas são diferentes; por exemplo, a maconha nos anos 70 continha menos de 0,2% de THC ( Delta 9 – tetrahidro – canabinol) e 20 anos após contém uma média de 6%, chegando a 14%;
◦o uso ilegal constitui um delito;
◦o jovem atribui à droga a solução de todos os seus problemas;
◦no início do não há sinais e sintomas que os levem à consulta, eles aparecem como conseqüência do abuso e da dependência. Por isso, no começo é difícil que aceitem ajuda;
◦quando há sintomas, o trabalho de reabilitação é difícil e frustrante, sendo baixo o índice de recuperação nos diferentes programas que trabalham com adictos;
◦os resultados dos levantamentos apresentados revelam objetivamente que estamos frente a uma doença grave, e a única forma de não adquiri-la é a prevenção.
Fonte: http://www.adroga.casadia.org/prevencao/uso-abuso-drogas-adolescencia-deve-saber-pode-fazer.htm