quinta-feira, 24 de março de 2011

O CRACK NO DF

Pasta-base do crack vinda da Bolívia é refinada no Entorno do DF
A droga consumida no Distrito Federal é uma das mais perigosas entre as distribuídas no país. Uma análise feita pela Secretaria de Segurança Pública do DF revelou que a cocaína e o crack que chegam às ruas da capital do país vêm da Bolívia, onde o refino da pasta- base chega a usar até solução de bateria de carro. As investigações mostraram que a droga passa por Mato Grosso e é refinada no Entorno, sendo então vendida em Brasília. Com o perfil da rota já traçado, agora as autoridades pretendem identificar os chefes do tráfico e os pontos de distribuição no DF.

Até então, a polícia do Distrito Federal acreditava que a droga que entra na região seria boliviana, mas o centro de distribuição seria São Paulo. No entanto, a partir do momento em que foi feito o Perfil Químico (Pequi), os resultados surgidos foram outros. “Nós decidimos fazer o DNA da droga e constatamos que ela é proveniente de Mato Grosso e o crack que chega a Brasília é fabricado em laboratórios em Goiás”, afirma o secretário de Segurança do DF, Daniel Lorenz de Azevedo. Para fazer chegar à região, o narcotráfico usa várias rotas, mas a principal é por via terrestre.

Lorenz confirma que o levantamento do perfil do crack distribuído no Distrito Federal ajudará na identificação de traficantes e distribuidores da droga. Isso se dá com a análise dos produtos químicos usados não apenas no refino, mas também durante o “batismo”, onde outras substâncias são adicionadas para dar mais volume ao pó. Um quilo de pasta-base de cocaína — o subproduto também dá origem às pedras de crack — pode render até mais quatro quilos. Muitas vezes a mistura já é feita nos laboratórios bolivianos, mas quando chegam ao Brasil são novamente manuseados e acrescidos de novos produtos.

Nos dois últimos anos, a Polícia Federal (PF) identificou que o tráfico de drogas não estava mais centralizado em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, ou nos estados do Norte do país. Em agosto de 2009, o Correio publicou uma série de reportagens sobre o assunto, depois da descoberta de pistas clandestinas no interior do estado. Meses depois, um avião com mais de 150 quilos de cocaína quase foi abatido por uma caça Supertucano da Força Aérea Brasileira (FAB) e fez um pouso forçado em Luziânia.

A cocaína oriunda da Bolívia é uma das piores entre os três países produtores — os outros dois são Peru e Colômbia. Isso porque o refino é feito com substâncias alternativas. Os produtos químicos, como acetona, éter e ácido clorídrico, que ironicamente eram exportados pelo Brasil, foram substituídos por cal, cimento, solução de bateria de carro, querosene, gasolina e até hormônio para a engorda de gado. Quando ela chega aos laboratórios rústicos em Goiás, a droga sofre novas transformações, tornando-se cada vez mais perigosa não apenas pelo teor alucinógeno, mas também pelas substâncias misturadas ao pó.

Eixo Brasília-Goiânia

O secretário de Segurança do DF ressalta que a proximidade e a proliferação dos locais de refino fizeram aumentar o consumo não apenas em Brasília e no Entorno, mas também em Goiânia. “Em qualquer lugar dá para montar um laboratório rústico”, afirma Lorenz. Os produtos químicos também podem ser facilmente substituídos por outros alternativos. Nos últimos anos, as polícias Civil e Federal têm observado uma maior circulação das pedras de crack na região. Muitas, vindas diretamente da Bolívia, que anteriormente só negociava com a pasta-base.

O Pequi foi desenvolvido pela Polícia Federal e as análises podem, ainda, mostrar as condições de transporte — o que permite levantar as possíveis rotas por onde a droga passou — e, finalmente, o grau de pureza do pó. Todas as informações são cruzadas com investigações em andamento e isso possibilita obter prováveis conexões entre quadrilhas e fornecedores. Além do Distrito Federal, o teste só pode ser feito no Amazonas, no Acre, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, estados que fazem fronteira com a Bolívia.

 

quarta-feira, 23 de março de 2011

DF VAI INTENSIFICAR MEDIDAS DE COMBATE AO USO DE DROGAS

O Distrito Federal deverá intensificar nos próximos dias o combate ao uso de drogas, por meio de ações repressivas ao tráfico e também com ações preventivas, como a veiculação de campanhas educativas que sensibilizem os jovens. Essas foram medidas anunciadas na tarde desta segunda-feira (21) na audiência pública que a Câmara Legislativa realizou para discutir o avanço de uso de drogas, como o crack, em nossa cidade.

O debate, de iniciativa do deputado Wellington Luiz (PSC), atraiu secretários do GDF, representantes de organizações ligadas ao tema e também vários parlamentares. Eles foram unânimes em registrar a preocupação com o crescimento do número de usuários de drogas no DF e em defender soluções que envolvam toda a sociedade.

"Temos que desenvolver ações integradas para enfrentar essa guerra contra o tráfico de drogas", pregou Wellington Luiz ao lembrar que a gravidade do problema provocou a criação de uma Frente Parlamentar, com todos os distritais eleitos, a fim de se buscar alternativas para um combate eficiente às drogas. Ele destacou que essas medidas têm que ser adotadas como uma prioridade também da saúde pública.

O secretário de Justiça, Alírio Neto, anunciou várias medidas que estão sendo adotadas pelo GDF, no âmbito da política distrital de combate às drogas. Como exemplo, destacou que nos próximos dias irá ao ar "a primeira campanha televisiva do DF contra o uso de drogas". E destacou também apoio às unidades terapêuticas, consultórios de rua e tendas de atendimento móvel.

Ao classificar a situação do consumo de drogas no DF como gravíssima, o secretário de Segurança, Daniel Lorenz, comentou que uma das causas para a expansão do problema é que mercado do DF é considerado "muito promissor". Ele comentou, contudo, que eles têm intensificado as operações repressivas que resultaram na detenção, de 1º de janeiro a 10 de março deste ano, de cerca de 1.500 pessoas, entre elas de 610 envolvidos com tráfico.


Zildenor Ferreira Dourado - Coordenadoria de Comunicação Social http://www.cl.df.gov.br/cldf/noticias/df-vai-intensificar-medidas-de-combate-ao-uso-de-drogas

Fonte:

Lei Maria da Penha gera mais de dez mil prisões em quatro anos, mostra balanço

Balanço parcial do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgado nesta terça-feira (22) mostra que foram gerados até julho de 2010 mais de 330 mil procedimentos sobre a Lei Maria da Penha.
A legislação foi criada em 2006 e proíbe e pune a violência doméstica e familiar contra a mulher.
De acordo com o levantamento, foram distribuídos, somente nas varas e juizados especializados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, até o mês de julho de 2010, mais de 331 mil procedimentos que envolvem a matéria. Deste total, 111 mil processos já tiveram suas sentenças dadas, sendo que foram realizadas 9.715 prisões em flagrante e decretadas 1.577 prisões preventivas.
Esses dados, segundo o CNJ, são parciais, uma vez que o órgão ainda não possui informações detalhadas de todas as varas e juizados especializadas.
Ainda de acordo com o Conselho, os números podem ser ainda maiores, já que o catálogo dos casos pode variar de acordo com cada Estado.
A divulgação dos dados marcam as comemorações do Mês da Mulher. De acordo com a CNJ, desde o último dia 8, quando foi celebrado o Dia Internacional da Mulher, o órgão veicula uma campanha nacional sobre o combate à violência doméstica, cujo objetivo é divulgar e conscientizar a população sobre a lei.

 
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/lei-maria-da-penha-resulta-em-mais-de-10-mil-prisoes-em-quatro-anos-mostra-balanco-20110322.html

RETORNO

Olá meus amigos (as),

Estive por um período um pouco ausente dos meus compromissos virtuais. Mas agora é hora de voltar a dar aquelas dicas legais para vocês sobre LEI MARIA DA PENHA e SOBRE DROGAS.
Em breve estarei retornando minhas palestras.

Bom estar aqui novamente.

Um abraço

MAURO CEZAR